O governo federal divulgou mais informações de como será o Concurso Nacional Unificado. O edital é aguardado para sair até setembro. Veja mais!
Após realizar reunião com os órgãos que têm editais autorizados, o governo federal divulgou detalhes da proposta do Concurso Nacional Unificado. A ideia está avançada e já tem prazos para edital e aplicação da prova.
Quem conduziu as conversas foi o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão, José Celso Cardoso Jr, e, segundo ele, a adesão dos ministérios, empresas e autarquias será voluntária.
Portanto, participar do Concurso Nacional Unificado não será uma exigência do governo para provimento de novas vagas federais.
O secretário informou, também, que o edital deve ser publicado até dezembro. A aplicação da prova unificada está prevista para o dia 25 de fevereiro de 2024.
O objetivo é avaliar o candidato em dois momentos, sendo:
- Provas objetivas com matriz comum a todos os candidatos; e
- Provas específicas e dissertativas por blocos temáticos.
Os resultados da primeira fase devem ser divulgados até o final de abril do próximo ano. Já o início dos cursos de formação têm previsão entre junho e julho, também de 2024.
Governo confirma provas por blocos temáticos
O objetivo do governo federal é realizar a prova do Concurso Nacional Unificado nos moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por isso, as vagas serão dividas por blocos temáticos. Veja a seguir!
(Reprodução: Governo Federal)
A meta será aplicá-la em cerca de 180 cidades, simultaneamente, em todo o país.
Veja a provável distribuição de polos (municípios):
- 50 na região Nordeste;
- 49 na região Sudeste;
- 39 na região Norte;
- 23 na região Sul; e
- 18 na região Centro-Oeste.
De acordo com o secretário, estudos defendem que o formato unificado de provas tem sido capaz de selecionar melhor os futuros servidores.
“Este projeto é inovador e ousado. Com isso, criamos um critério de justiça de acesso às vagas públicas como nunca ocorreu antes na história do Brasil”, disse.
O governo prevê publicar, até meados de setembro, o oficial que vai definir toda a estrutura completa de governança do Concurso Nacional Unificado. A medida está sob cuidados do Ministério da Gestão e da Inovação.
A proposta do Concurso Nacional Unificado foi apresentada pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck na última sexta, 25.
Governo Federal avança com proposta de concurso unificado e já tem estrutura definida
(Foto: Semob/DF)
Em entrevista à Folha de São Paulo, Dweck disse que já foram iniciadas algumas conversas e alguns órgãos já demonstraram interesse neste modelo de aplicação de provas, porém “ainda não está tudo pensado”, disse.
“O modelo ainda não está fechado, mas já temos muitos pontos pensados para apresentar. Amanhã [sexta-feira] ainda é um dia de escuta. Existe um grupo do governo muito empenhado em fazer isso”, disse em entrevista à colunista.
A reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos apurou, com exclusividade, que a proposta está bem encaminhada no MGI e que muitos órgãos sinalizaram como interessados em participar.
Concursos Federais: 8,3 mil vagas já estão autorizadas
Neste ano, o Governo Federal trouxe um pacote de concursos e já autorizou mais de 8 mil vagas em editais para vários órgãos. O presidente Lula ponderou que há uma preocupação por repor o quadro funcional em sua maior parte.
Recentemente, foram 2,4 mil vagas autorizadas e a pasta já havia concedido aval para 4.436 vagas em concursos federais para diferentes órgãos e ministérios.
O primeiro anúncio aconteceu no dia 16 de junho e também foi feito pela ministra Esther Dweck. Na ocasião, os órgãos e autarquias contemplados foram:
- Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): agente de atividades agropecuárias (100); agente de inspeção (100); auditor-fiscal federal agropecuário (200); e técnico de laboratório (40);
- Inmet: analista em ciência e tecnologia (40) e tecnologista (40);
- Incra: analista administrativo (137); analista em reforma e desenvolvimento (446); e engenheiro agrônomo (159);
- MEC: técnico em assuntos educacionais (220);
- Inep: pesquisador-tecnologista em informações e avaliações educacionais (50);
- Capes: analista em ciência e tecnologia (50);
- FNDE: especialista em financiamento (100);
- ICMBio (provimento-adicional): técnico (50); e analista (110);
- MRE: oficial de chancelaria (50+50 mais cadastro);
- INPI: analista (40); pesquisador (40); e tecnologista (40);
- Inmetro: analista executivo (40); e pesquisador (60);
- DNIT: analista administrativo (50); e analista em infraestrutura (50);
- ANM (provimento adicional): especialista em recursos minerais (24);
- MME/PGPE: administrador (30);
- Carreiras Transversais ATE: analista de infraestrutura (300) – aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
- Carreiras Transversais ATI: analista em tecnologia (300) – aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
- Ministério do Trabalho e Emprego: auditor-fiscal do trabalho (900);
- CNPq: analista em ciência e tecnologia (50);
- Censipam: analista em ciência e tecnologia (50);
- Ministério da Saúde – CPST e C&T: tecnologista (220);
- Fiocruz: analista de gestão em saúde (100); pesquisador em saúde pública (100); e tecnologista em saúde pública (100).
Segundo a ministra Esther, os esforços são para que os editais e provas de concursos saiam ainda em 2023.
No dia 18 de julho, a ministra Esther Dweck convocou uma entrevista coletiva para anunciar novos concursos federais. Na ocasião, foram autorizadas 2.480 vagas para diferentes órgãos.
MCTI, Funai e MMA também estão na lista
No início do ano, o governo federal também autorizou concursos para o Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação (MCTI), para o Ministério do Meio Ambiente e para a Fundação dos Povos Indígenas (Funai).
O Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação tem aval para preencher 814 vagas para os cargos de analista, pesquisador e tecnologista. Todos de nível superior e com ganhos de R$13.718,81 a R$16.798,48.
Já o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) recebeu autorização para 98 vagas. Nesse caso, a oferta será apenas para um cargo: analista ambiental, que exige o nível superior em qualquer área. As remunerações serão a partir de R$10 mil.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) recebeu autorização para abrir 502 vagas distribuídas por:
- nível médio: agente em indigenismo – 152 vagas
- nível superior: diversos cargos – 350 vagas.
As remunerações serão a partir de R$5.349,07, para o cargo de nível médio, e de R$6.420,87, para o nível superior.
Fonte: Mateus Carvalho – folha.qconcursos.com/n/concurso-nacional-unificado-estrutura-definida